*Por Miguel Claudio da Silva (engenheiro)
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, frase de autoria de Antoine-Laurent de Lavoisier, é uma das mais famosas da história e já sofreu inúmeras variações. Entretanto, a premissa é verdadeira e também aplicada a área de tecnologia.
Quanto falamos de inovação e novas criações, quando nos deparamos com uma solução que foi criada basicamente do zero, sem existir nada correlato, chamamos de invenção disruptiva. Porém, as invenções disruptivas são as exceções em um universo de 3,2 milhões de patentes depositadas anualmente no mundo.
A grande maioria da inovação gerada não parte do zero, ela parte de soluções já existentes transformando algo que já existe em uma nova solução ou apresentando alguma melhoria naquilo que já era bom. Em outras palavras, a maior parte da inovação é inspirada em algo existente, em premissas já estabelecidas.
Porém, se inspirar em algo existente é diferente de copiar. A cópia apenas reproduz algo existente, enquanto a inspiração parte do existente para transformá-lo em algo melhor ou ainda não pensado. A inspiração, necessariamente, resulta em melhoria técnica, enquanto a cópia, por essência, é apenas mais do mesmo.
Logo, sabendo que a inspiração resulta em melhoria e parte do existente para algo inovador, quanto mais informações e conhecimentos tivermos, maior a possibilidade de transformar o existente em algo novo e mais rápida será a nossa inovação. Mas afinal, em que estamos nos inspirando?