fbpx

Grandes inventores: Nikola Tesla

Grandes inventores: Nikola Tesla 2

Quando ouvimos ou lemos algo relacionado ao nome Tesla, certamente, a primeira associação que fazemos é com a empresa de carros elétricos de Elon Musk. Alguns mais íntimos da área de engenharia elétrica talvez associam o nome Tesla à unidade de medida da densidade de fluxo de um campo eletromagnético (T) no sistema internacional de medidas (SI). Mas o que ambos têm em comum? A resposta é que tanto a montadora quanto a unidade de medida são homenagens à mesma pessoa, Nikola Tesla.

Nikola Tesla foi um engenheiro nascido em 1856, na cidade de Smiljan, localizada no império Austríaco onde atualmente se localiza a Croácia. Desde a adolescência, Tesla se interessou pelo campo da engenharia elétrica, ao qual dedicou a maior parte de seus estudos e, consequentemente, onde alcançou e criou mais invenções.

Desde cedo, Tesla tinha o sistema de patentes como seu aliado, sendo que grande parte de suas pesquisas foram financiadas por pessoas que viam em seu talento uma oportunidade de alcançar rendimentos futuros pelo licenciamento de suas invenções e patentes. À Tesla são atribuídos mais de 300 documentos de patentes, espalhados por mais de 25 países, incluindo dois documentos depositados no Brasil.

No entanto, os biógrafos que estudaram a vida e as descobertas de Nikola Tesla afirmam que dezenas ou até centenas de outras inovações foram desenvolvidas por ele, porém, patenteadas por outras pessoas. Como exemplo podemos citar o rádio, cuja invenção é atribuída ao italiano Guilherme Marconi e patenteada por ele em 1986, porém que fora desenvolvido inicialmente por Tesla, a ponto do mesmo afirmar em uma entrevista que “Marconi é um bom amigo. Deixem-no continuar. Ele está usando 17 das minhas patentes”.

Outra invenção disruptiva que é atribuída a Tesla é o raio-X, cujo crédito é dado a Wilhelm Rontgen, porém foi estudado anos antes por Tesla, sendo que a ele, atualmente, é reconhecida a primeira imagem registrada por meio do raio-X.

Também é atribuído a Tesla a criação do radar, creditado a Robert Watson-Watt, em 1935, porém estudado e desenvolvido por Tesla 18 anos antes, em 1917, a ponto de o mesmo ter apresentado sua invenção à marinha americana, sob a justificativa de que ela poderia prever a trajetória de bombas e mísseis, no período da Primeira Guerra Mundial. Por que a marinha dos EUA rejeitou tal ideia? A resposta é porque o chefe do centro de pesquisa e desenvolvimento da marinha disse, à época, que não haveria aplicação prática para o tal radar. Quem era essa pessoa? Ninguém mais, ninguém menos do que Thomas Edison! Sim, o inventor da lâmpada e fundador da General Electrics.

Thomas Edison e Nikola Tesla foram rivais e protagonizaram a conhecida guerra das correntes, uma disputa que envolvia a corrente contínua de Edison e a corrente alternada de Tesla, com o objetivo de ser adotada como meio de transmissão de eletricidade nos EUA e posteriormente no mundo. A disputa entre eles foi tão grande, que Edison chegou a eletrocutar cães, gatos, cavalos e elefantes, em uma apresentação pública, para demonstrar o perigo de se trabalhar com corrente alternada. O resultado foi tão chocante que o estado de Nova York começou a utilizar a corrente alternada como meio de execução penal. 

Talvez o capítulo mais marcante dessa disputa tenha sido a entrega do Prêmio Nobel de física de 1915, que segundo a agência de notícias Reuters, à época, afirmava que a honraria seria dividida entre Thomas Edison e Nikola Tesla, exatamente pela contribuição no campo da eletricidade. Porém, pela animosidade entre eles, o prêmio acabou sendo entregue a Sir William Henry e William Lawrence Bragg, pela análise de estruturas cristalinas por meio de raios-X.

Mesmo não recebendo o prêmio Nobel, Tesla se saiu vencedor na disputa com Thomas Edison na guerra das correntes, sendo a corrente alternada a escolhida para transmissão de energia elétrica, o que também lhe rendeu um contrato para a construção da primeira usina hidrelétrica do mundo, nas Cataratas do Niagara.

No entanto, nem só de feitos e prêmios viveu Nikola Tesla. Em 1901 ele iniciou um projeto para realizar a transmissão de energia elétrica sem utilizar fios. A partir de empréstimos e financiamentos privados, ele chegou a construir uma torre em Nova York para esse fim, no entanto o principal financiador do projeto, J. P. Morgan, o abandonou quando notou que não conseguiria regular essa transmissão de energia e muito menos cobrar por ela. 

A partir de então, Nikola Tesla ficou sem dinheiro e passou a morar em diferentes hotéis em Nova York, deixando contas a pagar em todos eles. Acabou falecendo em 1943, em um quarto de hotel, sem dinheiro e reconhecimento à época. Porém, até mesmo os seus fracassos resultaram em avanços tecnológicos, uma vez que a referida torre de transmissão elétrica sem fios foi a responsável por permitir o que conhecemos hoje como rede Wireless.

Além das já citadas, muitas foram as contribuições de Nikola Tesla com a ciência, como por exemplo o motor elétrico moderno, a bobina de Tesla, turbinas sem pás, radioastronomia, entre outras. Se você ainda tem dúvidas sobre a contribuição de Tesla na nossa vida, hoje, saiba que ele também foi ele quem permitiu a construção do transistor, onde foram usadas 100 de suas patentes e é por causa do transistor que podemos ver essa matéria por meio de um computador.