Na segunda-feira, 10/06, a marca Mappin voltou a ser utilizada, agora dá nome a um e-commerce de produtos de cama, mesa, banho, eletrônicos e decoração.
Desde então apareceram várias histórias de clientes saudosos da empresa localizada no centro de São Paulo, o que, indubitavelmente, mostra a força da marca.
A antiga empresa foi a falência em 1999 e até hoje há funcionários tentando receber valores relativos ao Fundo de Pensão.
O e-commerce que atualmente está operando com a marca não tem nenhuma relação com a antiga titular da marca, isso porque esta foi arrematada em um leilão pelos proprietários das conhecidas lojas Marabraz.
Há uma clara vantagem de fazer esse tipo de aquisição, exclusivamente da marca, pois eventuais passivos continuam sob a responsabilidade dos antigos proprietários.
Os atuais donos poderiam eventualmente pedir a caducidade da marca, no entanto, havia chances de entrar numa batalha administrativa e judicial com outros concorrentes se adotasse essa estratégia. No leilão, bastaria pagar o melhor preço.
Está se tornando cada vez mais comum que empresas adquiram o portfólio de direitos de propriedade intelectual de outras, não apenas de marca, mas também de patentes.
Por exemplo, a Apple e o Google teriam fechado uma parceria para a compra do portfólio de patentes da Kodak, parceria está estimada em US$ 500 milhões (R$ 1 bilhão), segundo informa reportagem publicada pela Bloomberg.
A Kodak, nesse caso, planejava vender suas patentes para evitar a falência completa de seu negócio, que começou a entrar em decadência com a chegada do mercado de fotos digitais.
Assim, como no caso anterior, nessa situação, haveria riscos de adquirir um grande passivo. Ademais, muitas vezes o interesse na compra de um portfólio é meramente complementar a produtos já existentes.
Normalmente, quando há a compra completa da empresa, pretende-se uma expansão no segmento de atuação, seja com novos produtos, novos canais de distribuição e até mesmo novos territórios.