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RH e a importância das relações interpessoais

RH e a importância das relações interpessoais 2

*Por Aline Marques da Silva (analista de RH)

 

Não é de hoje que ouvimos falar sobre a importância do RH nas organizações, mas o que poucos sabem é que foi apenas no início do século passado que a área de recursos humanos passou a integrar a dinâmica organizacional e, desde então, tem ganhado cada vez mais visibilidade nos ambientes corporativos.

 

Com a expansão da indústria e o surgimento de novas tecnologias, houve a necessidade de remodelar os processos administrativos e, com isso, criou-se o departamento que inicialmente foi nomeado de “relações industriais”, tendo como principal objetivo o intermédio das relações de trabalho entre as empresas e seus colaboradores.

 

No entanto, o papel que o RH desempenhava naquela época era completamente diferente do que vemos hoje; durante muito tempo a área de Recursos Humanos teve seu foco voltado para a resolução de problemas operacionais e práticas burocráticas, não havia a preocupação com as relações interpessoais e nem mesmo a valorização do capital humano.

 

Foi somente após o surgimento da teoria das relações humanas que as empresas passaram a enxergar seus colaboradores como seres sociais e entenderam que as pessoas precisam de estímulos que vão além da remuneração, para que se sintam satisfeitas e inseridas no ambiente corporativo.

Dentro desta perspectiva, com o intuito de compreender quais são os principais fatores responsáveis pela motivação e satisfação no ambiente de trabalho, surgiu a teoria dos dois fatores. O estudo foi publicado no livro “a motivação para trabalhar” e para a realização dessa experiência criou-se a divisão entre dois fatores, os higiênicos e os motivacionais.

 

Os fatores higiênicos estão relacionados ao que não depende do colaborador, e sim de circunstâncias organizacionais, assim como o salário, benefícios, cultura organizacional, políticas e práticas corporativas, as condições do ambiente de trabalho e o relacionamento interpessoal. Enquanto isso, considera-se como fator motivacional aquilo que está intrínseco às necessidades individuais dos colaboradores, como a satisfação com a função desempenhada, as responsabilidades atribuídas ao cargo, o reconhecimento pelo trabalho realizado e as oportunidades de crescimento. 

 

Através desse estudo, foi possível identificar que a inexistência dos fatores higiênicos possivelmente causaria a insatisfação dos colaboradores, mas a existência deles, de forma isolada, não traria motivação. Para isso, é necessário também que exista o estimulo dos fatores motivacionais, pois estes fatores são interdependentes e somente desta forma são capazes de gerar motivação e satisfação.

 

Por esses motivos, nos dias atuais o RH tem assumido um papel muito mais estratégico e focado no que há de mais precioso em qualquer empresa, as pessoas. Hoje mais do que nunca, entendemos a necessidade de reconhecer as diferenças individuais e através desse olhar tentamos tornar a relação de trabalho cada vez mais humana, empática e harmônica, afim de transformar o ambiente de trabalho em um lugar mais saudável, inclusivo, que valoriza o capital humano e estimula a colaboração.

 

Afinal, já é mais do que comprovado que esses fatores interferem tanto na motivação quanto no desempenho profissional, e as empresas que conseguem entender as necessidades de seus colaboradores e prezar pelo bem-estar do coletivo tendem a obter resultados surpreendentes.

 

“Entender de negócios é importante, mas entender de pessoas é o que garantirá a sobrevivência nos novos tempos” (Simon Sinek)