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As Mulheres na indústria dos jogos eletrônicos

As Mulheres na indústria dos jogos eletrônicos 2

*Por Amanda Andrade Aires (advogada)

 

O mundo dos games é conhecido como um ambiente de marcante predominância masculina, sendo os homens a grande maioria atuando nessa área como programadores, designers, roteiristas, ilustradores e executivos, além de jogadores casuais e profissionais.

Mas essa realidade está sendo transformada, os últimos dados da Pesquisa Game Brasil de 2021, apontam que 51,5% do público casual gamer no Brasil é o feminino na faixa etária entre 16 a 24 anos, com sua maioria (58.3%) utilizando dispositivos móveis para jogar. 

Mesmo com esses percentuais significativos, a presença feminina na indústria gamer ainda é pequena quando se trata de atuação profissional, com elas compondo apenas 27,5%  nessa gigante indústria.

Apesar da baixa representatividade feminina, os games criados por elas se tornaram queridos pelo público e nesse artigo vamos apresentar várias criações de mulheres como programadoras de jogos que ajudaram a revolucionar a indústria gamer.

 

Carol Shaw

A primeira programadora de um jogo eletrônico que temos notícia se chama Carol Shaw, criadora do River Raid, jogo da década de 80 que vendeu  milhões de cópias, podendo até ser mencionado como um case de vanguarda feminina nesse mercado.

Amy Henning

Uncharted é um dos jogos favoritos dos gamers no mundo. Sua roteirista e diretora foi a Amy Henning. Uncharted é um jogo exclusivo da Playstation e conta com uma saga consagrada, considerada uma das maiores sagas de sucesso pelo mercado. Em sua trajetória Amy iniciou como artista no projeto Atari e entendeu que a indústria de jogos era sua paixão, o que a fez trocar a indústria cinematográfica pelos videogames. 

Rhianna Pratchett

Outro game de grande sucesso é Tomb Raider, e possui uma mulher como protagonista, sendo escrito por Rhianna Pratchett escritora, design e roteirista inglesa possuindo importantes criações na indústria além de Tomb Raider.

Aya Kyogoku

Outra protagonista do mercado é Aya Kyogoku, a primeira mulher a dirigir um jogo eletrônico pela Nintendo com o projeto Animal Crossing New Horizons. Após perceber a falta de presença feminina na Nintendo, possibilitou a entrada de outras mulheres na empresa.

Maddy Throson

Vale citar também o game Celeste, um jogo indie que retrata em sua narrativa temas como depressão, ansiedade e identidade de gênero. Foi certamente um dos games que inseriram nesse mercado uma mulher trans como diretora e escritora,  Maddy Throson, uma inspiração para visibilidade de mulheres trans.

Nesses exemplos, verificamos mulheres como artistas criativas, atuando como escritoras, jornalistas, ilustradoras, roteiristas, programadoras e executivas de grandes projetos na indústria do entretenimento que mais cresce anualmente.

 

Além das mulheres reais, por trás das telinhas, existem as mulheres das telinhas, as personagens icônicas que marcam gerações e são destaques dentro dos jogos. Podemos citar aqui Samus Aran, do game Metroid que em plena década de 1986 surgiu como uma caçadora intergaláctica, sendo uma das primeiras protagonistas femininas em games. Uma curiosidade sobre a Nintendo era a retirada aos poucos de suas vestimentas, ocasionando a descoberta de uma personagem feminina apenas quando se zerasse o game.

 

Outra estrela conhecida é Lara Croft em Tomb Raider, em 1996, personagem que inspirou e foi o incentivo para que mulheres começassem a jogar. Por ser uma personagem forte, feminina, inteligente e destemida foi utilizada para a exposição de temas de empoderamento feminino.

E, por fim, entre tantas opções citamos Madeline, a personagem transgênero do game Celeste, inspirada em sua criadora Maddy Thorson que possibilita a discussão sobre a diversidade sexual e da cultura LGBTQI+ na indústria de videogames marcadamente masculina.

Podemos concluir que essa indústria hoje se apresenta de forma plural e com espaço para todas e todos, em diversas profissões, desde a criação quanto à gerência de projetos globais. Nossa contribuição como time VC é auxiliar e fortalecer projetos e direitos para que todas possam exercer sua criatividade.

 

Referências

https://www.pesquisagamebrasil.com.br/pt/pesquisa-game-brasil/

https://www.zippia.com/gamer-jobs/demographics/

https://www.techtudo.com.br/stories/2022/03/08/5-games-que-foram-criados-por-mulheres-e-voce-nao-sabia.ghtml

https://www.tecmundo.com.br/voxel/206416-celeste-criadora-confirma-personagem-principal-transgenero.htm

https://www.topwayschool.com/blog/6-protagonistas-femininas-dos-games

https://www.b9.com.br/152909/criadora-de-uncharted-amy-hennig-desenvolve-jogo-da-marvel/

https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/sou-uma-gamer-a-industria-de-videogames-e-coisa-de-meninas/

https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/06/9-mulheres-que-sao-destaques-na-industria-dos-games.html

https://www.techtudo.com.br/stories/2022/03/08/5-games-que-foram-criados-por-mulheres-e-voce-nao-sabia.ghtml

https://canaltech.com.br/internet/adidas-lanca-colecao-de-nfts-com-acesso-exclusivo-ao-metaverso-da-empresa-204661/

https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/metaverso-saiba-o-que-e-e-se-prepare-para-o-futuro

https://cryptoid.com.br/banco-de-noticias/afinal-o-metaverso-e-modismo-ou-uma-realidade/

https://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/c_fill,f_auto,fl_progressive,g_center,h_675,pg_1,q_80,w_1200/b164f83f4697255b5570f2874e125ac2.png

https://s.wsj.net/public/resources/images/EK-AE954_SLIFE_G_20090818160352.jpg

https://maisgeek.com/wp-content/uploads/2021/09/shutterstock_739699258.png

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https://www.marketing-interactive.com/adidas-builds-on-metaverse-and-nft-ambition-with-four-way-partnership